Me vejo todos os dias dentro de um poço. Neste poço existe uma escada que dá acesso para fora, no entanto, quando se está sob o mal da mente cinzenta os pensamentos ficam confusos, a carne ainda vive, de certo, mas persistimos no medo que a escada se rompa ou que não haja luz ao sair do poço. Pensar com a consciência nos torna felizes, cuja pretensão, a da consciência é sempre avaliar do ponto de vista racional o que é mel hor. Os instintos são maléficos quando mesclados a racionalidade. Espreitar uma sensação por instintos nos torna perigosos, porque há a condição da liberdade de agir para um objetivo, neste caso com a satisfação sem culpa instintiva das consequências. Se o pensamento fosse o mar, a consciência uma ilha e os instintos os peixes: teríamos a concepção pragmática da solidez dos pensamentos, embora em muitas das vezes eles nos guiem para um porto seguro, a nossa ilha. Se estivermos em nossa ilha e tivermos fome teremos que ir ao mar para pescar peixes. Será conflitante...
É o uso pragmático do cérebro que torna a vida diferente e não o uso convencional ou insano. Pois trata-se de consciência e não temor. No âmbito racional ainda é certo que deixamos para trás alguns elementos que estão proliferando nos dias de hoje, noutro momento já foram mais conceituais. Assim é a arte, livre de exigências e compromissos; bela e plena. Ainda que ela desapareça no mundo sempre haverão as almas sussurrantes em sua busca. Porque é na alma que se chora e nos olhos que se escondem as lágrimas.
Eu fui rabiscando e construindo desprovido de críticas e medos. Eu fui realizando os meus sonhos nas linhas, pois na vida tudo é mais caro e complicado. Então criei a minha própria maneira de viver, diferente dos homens e dos náufragos que só comiam peixe. A minha vida foi sendo um dilema em sua existência, os pensamentos atrapalhando as amizades e os amores desfragmentando o coração. O que sobrou da mente venho usando pouco deste então
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