Postagens

Mente cinzenta: O mal entre instintos e consciência.

Me vejo todos os dias dentro de um poço. Neste poço existe uma escada que dá acesso para fora, no entanto, quando se está sob o mal da mente cinzenta os pensamentos ficam confusos, a carne ainda vive, de certo, mas persistimos no medo que a escada se rompa ou que não haja luz ao sair do poço. Pensar com a consciência nos torna felizes, cuja pretensão, a da consciência é sempre avaliar do ponto de vista racional o que é mel hor. Os instintos são maléficos quando mesclados a racionalidade. Espreitar uma sensação por instintos nos torna perigosos, porque há a condição da liberdade de agir para um objetivo, neste caso com a satisfação sem culpa instintiva das consequências. Se o pensamento fosse o mar, a consciência uma ilha e os instintos os peixes: teríamos a concepção pragmática da solidez dos pensamentos, embora em muitas das vezes eles nos guiem para um porto seguro, a nossa ilha. Se estivermos em nossa ilha e tivermos fome teremos que ir ao mar para pescar peixes. Será conflitante

O infinito corredor

Quando tu vais embora com um lento andar ao longo do corredor, passando pelas mobílias que fazem cena para enfeitar a paisagem, sinto-me o próprio chão e sinto-te no andar, na caminhada monótona e gostosa. Posso calcular e dividir cada molécula que tu tocas, posso fantasiar como serás cada milésimo de segundo no dia seguinte que estiveres a fim de mim. No íntimo amor compartilharei de minhas supliciadas respirações de saudades. Porque agora é hora de ires, estás chegando ao final do corredor e som do relógio cativante está mais intenso como numa sinfonia de Beethoven e as horas mais melancólicas como nos pensamentos de Einstein. Amanhã esperar-te-ei e continuaremos a fundamentalizar o amor nos aspectos mais minuciosos e derradeiros.

Da busca

Se queres desbravar o desconhecido, não temas perder-se durante o caminho Porque a carne certamente cederá, então, logo terás que lutar contra teus próprios medos. Não pense na fuga quando estiveres aflito, porque nascerás novamente ao encontrar o que buscas.

Um belo conceito.

É o uso pragmático do cérebro que torna a vida diferente e não o uso convencional ou insano. Pois trata-se de consciência e não temor. No âmbito racional ainda é certo que deixamos para trás alguns elementos que estão proliferando nos dias de hoje, noutro momento já foram mais conceituais. Assim é a arte, livre de exigências e compromissos; bela e plena. Ainda que ela desapareça no mundo sempre haverão as almas sussurrantes em sua busca. Porque é na alma que se chora e nos olhos que se escondem as lágrimas.

Lapidando

Eu fui rabiscando e construindo desprovido de críticas e medos.  Eu fui realizando os meus sonhos nas linhas, pois na vida tudo é mais caro e complicado. Então  criei a minha própria maneira de viver, diferente dos homens e dos náufragos  que só comiam peixe. A minha vida foi sendo um dilema em sua existência, os pensamentos atrapalhando as amizades e os amores desfragmentando o coração. O que sobrou da mente venho usando pouco deste então

Desprovido de riqueza - Para Raymara

Eu não tenho riquezas e nem status. Nunca poderei dar-lhe ouro e nem carros. Não poderei levá-la  para o Everest ou Himalaia. Mas tenho algo que lhe possa interessar: -Meu coração. Se um dia o quiser, o terá unicamente e exclusivamente da forma mais pura e completa. Sonho de olhos abertos ao imaginar seu rosto e viajo nas nuvens me lembrando do som da sua voz... É como imaginar um anjo cantar.

Viagem da mente!

No velho mundo dividi a minha mente em duas espécie procurando esclarecer a dor que entoa na alma. Fitando instantaneamente o escuro para deixar de sentir medo, ressaltando a fé em meio a soberba infame dos Homens. Através dos pensamentos busquei nossos Arquitetos, procurando entender porque a vida acaba com um simples parar dos batimentos do coração . Pisei no solo e logo parei de respirar, em minha mente via imagens transgressiva desde os primórdios da Terra e tentava entendê-las. Nossos criadores eram Homens, animais como nós que vinham em tempo-a-tempo visitar-nos e deixando suas marcas na gente antiga, fazendo-as construir pirâmides e templos para guia-los de volta. Em meio outro planeta volátil e imprevisível sentia ainda mais medo, sentia a vontade da ignorância. Os calafrios que faziam voltar, no entanto, a curiosidade da mente impulsionou-me a continuar... Naquele exato momento já era hora de despertar e unir novamente a minha mente.