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Ao som da Viola

Eu tenho cólicas de tristeza quando sua voz some... Às vezes em som de viola imploro por outra valsa... Estanco lágrimas com lembranças agradáveis... ...E ao som de um tango Argentino aproxima-se a melancolia da madrugada. Foi por terra que tudo iniciou-se e em água que acabou... Se fosse impróprio, a valsa seria triste... O vento seria frio.... E o sol quente. Ao som da viola peço novamente que me droguem... Façam-me dormir e delirar para lembrar... Num acaso sem surpresas, como em novelas... Ela volta pela tarde e tudo acontece novamente, sempre ao som da viola...

A melhor parte de mim.

E se for por otimismo que escrevo esses delitos a você Não me culpe por ser insensato, apenas sinta que há verdade nas entrelinhas. Se hoje me faço como um garoto, é porque crio frases sob palavras. Também respiro o ar puro e impuro dos céus, pois sou de carne.  E mesmo que seja efêmero todo esse vigor estarrecido pela dúvida, não importa, portanto, que me beije logo na matinê como um novo amante. Caso contrário irei aprender a voar pelas curvas do seu corpo e deitarei de manso sobre seu colo, igual a um bicho indefeso. Coloca-me ao seu lado, a parte de tudo o que é vivo E me escolte da maneira mais sutil, que seja infinita aos sonhos. E que me ame quando for possível, nem que seja de mentira. E quando amadurecer não se esqueça de buscar-me ainda garoto.

Meu Reino!

A minha alma é triste e sem esperança, com traços estranhos de melancolia. Após as palavras só ficam os momentos nas lembranças. E minha tristeza é eterna por falta de crenças, e a minha paz é contingente do destino. E eu bordei nas linhas os meus medos esperando milagres acontecerem, e foi através das histórias que me dediquei a ser grande em meu mundo encantado, onde as coisas não tem forma e nem jeito. No meu reino imaginário sou como um imperador. A vida teima a passar diante dos meus olhos, como naquela história do coelho e a tartaruga. Eu espero poder ser sensato e quando olhar para as estrelas sentir uma gama positiva; pôr minha cabeça sobre flores e apenas levitar nos meus sonhos, onde não há realidade.

Exume um poeta

Quando todos quiserem falar da procedência dos amantes, explicar a ausência de razão... Então tudo não estará acabado,  pois há uma luz no fim do túnel. -Exume um poeta,  estude toda a sua erva e não se esqueça de lhe perguntar... -Amar faz bem? Então, esse descansado brevemente o responderá: -Morri de tanto amar!

Jardim dos pessegueiros!

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... E eu venho pragmático e incontrolável com a lua cheia, É como se um demônio surgisse dentro da minha carne, É como se estivesse possuído pela própria vida, É como se eu não vivesse mais solitário. É como se eu conhecesse a finalidade de vida, É como se eu soubesse falar a língua dos anjos, É como se rimar fosse complicado e fácil, ao mesmo tempo, É inestimável abrir mão dessa sensação. Ao longo do tempo preenchi um vazio, Ao longo da vida construí um castelo no lugar de um casebre, Ao longo dos dias, eu deixei de viver solitário. É como se tudo fosse o centro da vida e da terra. É lento o meu pensar e rápida a minha emoção, É lento o meu andar e farta a minha respiração, É lenta a lembrança do passado medonho. Seja incontrolável ao beijar-me. É épica a nossa situação, É um carma toda essa ascensão, É privilegiada, é incrédula, é forte, é implacável...  É a flor dileta do jardim dos pessegueiros!

Tragédia em dois atos.

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Se te sinto ao meu lado é porque conheço o caminho errado. Se te abro os olhos é porque quero o seu bem. Não me julgue por ser incompleto apenas trema com a sintonia das nossas orações. Neste inferno incumbido de máscaras eu não consigo sentir a sinfonia de dias majestosos que em época tocaram. Eu grito, contesto e violento contra Deus... As lágrimas derramadas naquele tempo foram de resultados mal resolvidos. A dor que tenho agora é capaz de murchar flores, oceanos e a própria vida. Em pleno século XXI ainda oro por aquelas mulheres e crianças que se perderam na esquina para casa. Um diabo em forma humana e sem coração arrasava aquelas senhoras. O vilarejo foi esquecido pelos olhos dos assassinos. A vida morria e caia na solidão das trevas. ... eu era o assassino.

Arte!

Ressalvo-lhe as frases escritas nos manuscritos da razão. É ambíguo traja-la como linda. O espelho é aliado da minha afirmação. A cada inspiração, novas frases vêm mostrando-me a direção. Faça-me como você desejar, me molde e forme em mim o príncipe que você sempre quis beijar. Lute contra os estados e proclame a sua liberdade. "Tu és uma mulher rara". Amarre sua mão sobre a minha e vamos caminhar!