Mente cinzenta: O mal entre instintos e consciência.

Me vejo todos os dias dentro de um poço. Neste poço existe uma escada que dá acesso para fora, no entanto, quando se está sob o mal da mente cinzenta os pensamentos ficam confusos, a carne ainda vive, de certo, mas persistimos no medo que a escada se rompa ou que não haja luz ao sair do poço.
Pensar com a consciência nos torna felizes, cuja pretensão, a da consciência é sempre avaliar do ponto de vista racional o que é melhor. Os instintos são maléficos quando mesclados a racionalidade. Espreitar uma sensação por instintos nos torna perigosos, porque há a condição da liberdade de agir para um objetivo, neste caso com a satisfação sem culpa instintiva das consequências.
Se o pensamento fosse o mar, a consciência uma ilha e os instintos os peixes: teríamos a concepção pragmática da solidez dos pensamentos, embora em muitas das vezes eles nos guiem para um porto seguro, a nossa ilha. Se estivermos em nossa ilha e tivermos fome teremos que ir ao mar para pescar peixes. Será conflitante para um mente cinzenta ter que acessar seus instintos para sobreviver e não padecer de fome. Haverá uma confusão e descoloração da realidade, uma distorção existencial por conta dos conflitos.
De modo simplificado trata-se de ter que enfrentar a vida com olhares cinzentos, logo o choque de consciência de que há coisas erradas aparecerão e os instintos nos farão recuar ou mesmo partir para uma saída fácil, dar sentido a vida. Não há sentido em viver-se, pois o sentido real da vida são os objetivos que damos a nossa consciência. São de coisas pequenas a grandes que criaremos o sentido literal da vida. Não há Deus ou Deuses que curem esses conflitos, mas sim ter fé em algo que o fará seguir adiante e criará uma nova perspectiva, a de pescar pelo o prazer e não pela necessidade.

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