Soninha a menininha.


Era outono e mesmo com o frio intenso de Curitiba Soninha recebia uma surpresa, um recado despreocupado e descompromissado, um antigo amor da juventude que já havia sido congelado nas memórias do passado.
O nome do amante era Romeu, vivia numa cidade pequena do interior de São Paulo. Por meios modernos, os dois após vinte anos se encontraram no mundo que não existe, o virtual. Soninha era casada, mãe de duas crianças. Infeliz com sua situação e sem amor.
A relação através dos meios modernos foi ficando intensa, até em deixar tudo à sem vergonha quis, chorou por não poder voltar no tempo, chorou por não ter coragem e nem astúcia para ser uma mulher sem escrúpulos.
Todavia mandava recadinhos e juras e mais juras de amor, não se importava com seus filhos e nem tampouco com o homem que jurou amor eterno.
Só queria saber do malandrinho do interior.
Não demorou muito, Soninha perdeu o tesão e não chorou mais por aquele; optou por encontrar outro e viver mais uma paixão; Romeu, aqui ou ali, já não entendia mais as menininhas de quarenta anos, só acreditava que ela era mais uma que vestia branco e impedia a morte dos pobres infelizes que morriam num leito sem esperanças

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